Vanguard Properties integra obra de João Louro no Dunas Terras da Comporta

A Vanguard Properties conta a partir de hoje com mais uma peça de arte nas Terras da Comporta. Fiel à relação estreita com a arte e os artistas contemporâneos portugueses que tem vindo a desenvolver em todos os seus projetos, a promotora desafiou o artista João Louro a criar uma peça site specific para ser instalada junto à Academia e Driving Range do Dunas Golfe Course. 

Partindo de um cenário e de um contexto à primeira vista inusitado na sua obra, o artista concebeu uma peça escultórica intitulada ”Hapiness Molecule”. 

A obra evoca e estabelece uma interessante relação entre o desporto, o golfe e as características que o tornam particular como a tranquilidade e a comunhão com a natureza, e a serotonina, a célebre "molécula da felicidade”, materializada numa impressionante peça em aço lacado com mais de 5 metros de altura, que certamente se tornará símbolo deste recente, mas já prestigiado campo de golfe.

José Cardoso Botelho, CEO da Vanguard Properties, realça a importância desta peça que, embora mais relacionada com a infraestrutura golfística do empreendimento, se enquadra numa estratégia mais vasta que visa tornar as Terras da Comporta numa imensa galeria ao ar livre: “Estamos extremamente orgulhosos desta obra de João Louro que acolhemos no Dunas Golf Course. Esta peça não só contribui para enriquecimento da paisagem e da experiência de todos aqueles que aqui jogam ou visitam o Dunas Terras da Comporta, mas porque também encapsula a filosofia que norteia o golfe: um desporto que une o homem à natureza, promovendo momentos de tranquilidade e satisfação”.

Nas palavras de João Louro, este é um trabalho que "espreita para o infinitamente pequeno, para parte do seu trabalho que procura o que não se vê e apenas se intui". Realizou esta obra para "partilhar a sua atração pelo que está para além da visualidade". "A felicidade que sentimos e que surge pelo efeito da serotonina, pode acontecer quando estamos perante uma paisagem, ou quando vivemos uma paixão, lemos um livro, ou vemos uma obra de arte. Pode ser um jardim ou campo de golfe. A felicidade não se vê, mas sente-se. E esta obra celebra o que não se vê e que nos enche de felicidade”, adianta. 

O artista

João Louro nasceu em Lisboa em 1963, onde vive e trabalha. Estudou arquitetura na Faculdade de Arquitetura de Lisboa e Pintura na Escola Ar.Co. O seu trabalho engloba pintura, escultura, fotografia e vídeo.

Descendente da arte minimal e conceptual, tem uma atenção especial às vanguardas do início do séc. XX. O seu trabalho traça uma topografia do tempo, com referências pessoais, mas, sobretudo, geracionais. Utiliza como fonte recorrente a linguagem, a palavra escrita, e procura também fazer uma revisão da imagem na cultura contemporânea, a partir de um conjunto de representações e símbolos do universo visual coletivo. O minimalismo, o conceptualismo, a cultura pop, o estruturalismo e pós-estruturalismo, autores como Walter Benjamin, Guy Debord, Georges Bataille, Maurice Blanchot ou artistas como Donald Judd ou Barnett Newman, formam o seu léxico de referência.

Em 2005, participou na exposição Experiência da Arte, no Pavilhão Itália, na 51ª Bienal de Veneza com curadoria de Maria de Corral e no projeto Insite 05 – Art Practices in Public Domain em San Diego (EUA) / Tijuana (México). Do vasto curriculo de exposições individuais em Portugal e no estrangeiro destacam-se Runway Car Crashed #2 no Museu de Serralves (1999), La Pensée et l’Erreur na Fundació Joan Miró em Barcelona (2000), Blind Runner no Centro Cultural de Belém, em Lisboa (2004/2005), My Dark Places no MACRO – Museu de Arte Contemporânea de Roma (2010), Smuggling no Museu de Arte Contemporânea de Elvas (2015) e Linguistic Ground Zero no MAAT em Lisboa (2018/2019).

Foi o representante de Portugal na Bienal de Veneza de 2015 com a exposição I Will Be Your Mirror | Poems and Problems.